sexta-feira, 2 de maio de 2008

ÉDOUARD MANET - 84 - Pintor

EDOUARD MANET

(23 de janeiro de 1832, Paris - 30 de abril de 1883, Paris)

foi um pintor e artista gráfico francês e uma das figuras mais importantes da arte do século XIX.
Os gostos de Manet não vão para os tons fortes utilizados na nova estética impressionista. Prefere os jogos de luz e de sombra, restituindo ao nu a sua crueza e a sua verdade, muito diferente dos nus adocicados da época. O trabalhado das texturas é apenas sugerido, as formas, simplificadas. Os temas deixaram de ser impessoais ou alegóricos, passando a traduzir a vida da época, e, em certos quadros, seguiam a estética naturalista de Zola e Maupassant.
Manet era criticado não apenas pelos temas, mas também por sua técnica, que escapava às convenções acadêmicas. Freqüentemente inspirado pelos mestres clássicos e em particular pelos espanhóis do Século de Ouro, Manet influenciou, entretanto, certos precursores do impressionismo, em virtude da pureza de sua abordagem. A esta sua liberação das associações literárias tradicionais, cômicas ou moralistas, com a pintura, deve o fato de ser considerado um dos fundadores da arte moderna. Suas principais obras foram: Almoço na relva ou Almoço no Campo, Olímpia, A sacada, O tocador de pífaro e A execução de Maximiliano.
Primeiros Anos
Manet nasceu em Paris em 23 de janeiro de 1832. Seu pai, Auguste, era um alto funcionário do Ministério da Justiça e descendia de uma ilustre família burguesa da capital francesa. Sra Manet (cujo sobrenome de solteira era Fournier) era filha de um diplomata francês na Suécia. Manet tinha dois irmãos mais novos: Eugène e Gustave. Apesar da educação austera, Manet pode descobrir o mundo artístico graças a um tio, o capitão Édouard Fournier, que levava Édouard e seu irmão Eugène às galerias do Museu do Louvre para admirar os grandes mestres.
Aos 12 anos, Édouard foi enviado ao colégio Rollin (hoje liceu Jacques Decour), perto de Montmartre. Na escola, Édouard foi decepcionante era pouco aplicado e um pouco insolente.
Os péssimos resultados obtidos por Édouard na escola fizeram sua família repensar nas ambições nutridas no filho primogênito, a família queria que Manet estudasse direito. Cientes que Édouard não tinha vocação para uma carreira jurídica seus pais não se opuseram ao seu desejo de tornar-se marinheiro. O primeiro fracasso ao tentar entrar na Escola Naval fez com que Édouard só entrasse para carreira de uma maneira menos nobre: pelo trabalho. Em dezembro de 1848, Édouard embarcaria no barco-escola "Havre et Guadeloupe" para o Brasil como um simples marinheiro. Se esta experiência não confirmou que Édouard não tinha vocação para a marinha lhe trouxe uma grande experiência. Foi no Brasil que ele desenvolveu um certo gosto pelo exótico, pelas mulheres e desenvolveu uma repulsa ao escravismo. De volta a França em junho de 1849, Manet novamente fracassaria ao tentar entrar para Escola Naval.

Estudos de Arte

Após os seguidos fracassos ao tentar entrar para Escola Naval, Manet consegue apoio de seus pais para estudar no ateliê do pintor e mestre Thomas Couture, onde ficou por seis anos. Thomas Couture tinha um estilo acadêmico, estudou na École des Beaux-Arts de Paris ("Escola de Belas Artes"), suas mais conhecidas obras foram "Os Romanos" e "A decadência".
Durante seis anos, Manet procurou aprender as bases técnicas da pintura e fez cópias de obras expostas no Louvre (cópias de obras de Ticiano, Velazquez, Tintoretto e Delacroix). Manet completou seu aprendizado viajando e conhecendo museus de outros países euporeus (Itália, Holanda, Alemanha, Áustria e outros). Em uma das viagens à Itália, Manet copiaria "Vênus de Urbino" de Ticiano que seria sua inspiração para fazer anos depois "Olympia".
Em 1852, Manet teve um filho ilegítimo com Suzanne Leenhoff. Suzanne tinha origem holandesa e era professora de piano. O pai de Manet se opôs ao casamento do dois que só aconteceu depois que o Sr. Manet morreu.
No ano de 1856, Manet deixou o atelier de Couture por divergências artísticas. Segundo Couture, Manet não tinha tons intermediários entre a luz a e sombra. Para Manet, esses tons intermediários debilitava a sombra e a luz portanto ele acabava usando cores quase puras.

POSTADO POR HRUBIALES

Nenhum comentário: