sexta-feira, 2 de maio de 2008

DI CAVALCANTI - 89 - Pintor

Di Cavalcanti
Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, mais conhecido como Di Cavalcanti
(Rio de Janeiro, 6 de setembro de 1897 — Rio de Janeiro, 26 de outubro de 1976) foi um pintor, ilustrador e caricaturista brasileiro.
Biografia
Nascido no Rio de Janeiro em 1897, estreou como desenhista no salão das Humoristas em 1916. Após se mudar para São Paulo em 1917, conviveu com Mário e Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Mafalti e Brecheret. Freqüentou também o ateliê do pintor impressionista alemão George Elpons.
Foi dele a idéia da Semana de Arte Moderna, que aconteceu no Teatro Municipal de 1922. Era uma época de muitas novidades, como o carro, a fotografia e o cinema mudo. Então a vida das pessoas estava mudando muito rápido, mas a poesia e a pintura contivuavam a seguir as antigas regras, em sua maioria francesas.
Di Cavalcanti foi também um intelectual bem informado sobre as vanguardas artísticas de seu tempo. Em 1921, foi convidado a ilustrar o livro "Balada do Cárcere de Reading", de Oscar Wilde, um dos mais renomados escritores da época.[2] Neste mesmo ano se casa com Maria, sua prima em segundo grau.[3].
A semana de 22 foi uma espécie de festival em que modernistas brasileiros mostraram seus trabalhos. Além de expor suas telas, Di Cavalcanti desenhou o programa e os convites da mostra. Em seguida, em 1923, viajou para a Europa para estudar e lá conheceu e conviveu com grandes mestres da pintura, como Picasso, Braque, Matisse e Léger. Di Cavalcanti também teve influências de Paul Gauguin, de Delacroix e dos muralistas mexicanos. O contato que teve com o cubismo de Picasso, o expressionismo e outras correntes artísticas de vanguarda, contribuiu para aumentar sua disposição em quebrar paradigmas e inovar em sua arte, sem perder de vista uma estética que abordava a sensualidade tropical.[4]
Na volta ao Brasil, retratou temas nacionais e populares, como favelas, operários, soldados, marinheiros e festas populares. Também ficou conhecido por seus belos retratos de mulatas, fase em que consagrou a modelo e atriz Marina Montini.
Em 1926, já no Brasil, ingressa no Partido Comunista e continua a fazer ilustrações. Após nova viagem a Paris, faz os painéis de decoração do Teatro João Caetano do Rio de Janeiro. Em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, Di Cavalcanti é preso pela primeira vez. Após ser libertado, se casa com Noêmia Mourão, sua segunda esposa.[5]
O pintor recebeu prêmios importantes, como a "Medalha de Ouro" na exposição de Paris (1937) e o título de "Melhor Pintor Brasileiro" na II Bienal de São Paulo (1953), junto com Volpi.[6]
Di Cavalcanti era um artista de muitas habilidades. Além de quadros e ilustrações para revistas, fez desenhos para jóias, tapetes e painéis. Morreu na sua cidade natal em 1976.
POSTADO POR HRUBIALES

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