Auto retato de Anita Malfatti
(São Paulo, 2 de dezembro de 1889 — São Paulo, 6 de novembro de 1964) f
(São Paulo, 2 de dezembro de 1889 — São Paulo, 6 de novembro de 1964) f
Anita Malfati foi uma pintora, desenhista, gravadora e professora brasileira.
Na minissérie Um Só Coração (2004), da Rede Globo, Anita Malfatti, foi representada pela atriz Betty Gofman.
Biografia
Filha do engenheiro italiano Samuel Malfatti e de Betty Krug, norte-americana, mas de família alemã, foi a primeira artista brasileira a aderir ao modernismo, tendo sido uma das expositoras da mostra, realizada no Teatro Municipal de São Paulo, que fazia parte da Semana de Arte Moderna de 1922.
Segunda filha da casal, nasceu com atrofia no braço direito. Aos três anos de idade foi levada pelos pais a Lucca, na Itália na esperança de corrigir o defeito congênito. Os resultados do tratamento médico não foram animadores e Anita teve que carregar essa deficiência pelo resto da vida. Voltando ao Brasil, iniciou um longo e trabalhoso treinamento para desenvolver habilidades que lhe permitissem o uso da mão esquerda.
Iniciou seus estudos em 1897 no Colégio São José de freira católicas, situado na rua da Glória. Aí foi alfabetizada. Posteriormente passa a estudar na Escola Americana e em seguida no Mackenzie College onde, em 1906 recebe o diploma de normalista.
Na Alemanha
Malfatti foi à Alemanha em 1910. Lá, em plena explosão do expressionismo, pela primeira vez, teve contato com o movimento modernista.
Primeira exposição individual
Em 1914, após três anos de estudos em Berlim, já com vinte e quatro anos, retorna a São Paulo e logo organiza sua primeira exposição individual, aberta no dia 23 de maio do mesmo ano. Não fez nenhum sucesso.
Nos Estados Unidos
Desejando prosseguir nos seus estudos e sendo-lhe impossível retornar à Europa envolta em guerra, Anita optou pelos Estados Unidos para onde viajou no início de 1915. Chegou logo após o Armory Show — uma exposição modernista que foi escandalosa e extremamente influente que mudou a arte nos Estados Unidos. Estudou na Art Students League e na Independent School of Art em Nova Iorque (onde teve como professor o pintor e filósofo Homer Boss) até 1916, quando voltou ao Brasil.
A revolucionária exposição de 1917
Em 1917 mostrou seus trabalhos em uma segunda exposição própria. A exposição foi revolucionária por várias razões. O cenário da arte estava limitado em São Paulo, e uma exposição própria de uma artista tão jovem era algo inédito. Para uma artista, isto foi revolucionário, e o local da exposição era precário. No entanto, as pinturas eram surpreendentemente modernas para uma cidade que nunca havia tido contato com esta arte, e causou uma enorme desaprovação, não só pelas inovações da pintura, mas por serem retratos de imigrantes e outras figuras marginalizadas. Para outros jovens artistas, foi uma experiência transformadora.
Em particular, Malfatti criou uma amizade com Mário de Andrade, que iria durar por décadas e seria profissionalmente crucial para eles.
Com Andrade, Malfatti participou da Semana da Arte Moderna, em 1922. Ela era membro do Grupo dos Cinco, formado também por Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia e a pintora Tarsila do Amaral. Ela se beneficiou da coesão do grupo (durou até 1929 quando seus membros já haviam se estabilizado). Depois de 1922, seu lugar na história da arte brasileira foi, embora controverso, mais claramente entendido. Na década de 1960 era considerada uma das maiores figuras da arte brasileira e uma das mulheres mais influentes na América do Sul.
Na minissérie Um Só Coração (2004), da Rede Globo, Anita Malfatti, foi representada pela atriz Betty Gofman.
Biografia
Filha do engenheiro italiano Samuel Malfatti e de Betty Krug, norte-americana, mas de família alemã, foi a primeira artista brasileira a aderir ao modernismo, tendo sido uma das expositoras da mostra, realizada no Teatro Municipal de São Paulo, que fazia parte da Semana de Arte Moderna de 1922.
Segunda filha da casal, nasceu com atrofia no braço direito. Aos três anos de idade foi levada pelos pais a Lucca, na Itália na esperança de corrigir o defeito congênito. Os resultados do tratamento médico não foram animadores e Anita teve que carregar essa deficiência pelo resto da vida. Voltando ao Brasil, iniciou um longo e trabalhoso treinamento para desenvolver habilidades que lhe permitissem o uso da mão esquerda.
Iniciou seus estudos em 1897 no Colégio São José de freira católicas, situado na rua da Glória. Aí foi alfabetizada. Posteriormente passa a estudar na Escola Americana e em seguida no Mackenzie College onde, em 1906 recebe o diploma de normalista.
Na Alemanha
Malfatti foi à Alemanha em 1910. Lá, em plena explosão do expressionismo, pela primeira vez, teve contato com o movimento modernista.
Primeira exposição individual
Em 1914, após três anos de estudos em Berlim, já com vinte e quatro anos, retorna a São Paulo e logo organiza sua primeira exposição individual, aberta no dia 23 de maio do mesmo ano. Não fez nenhum sucesso.
Nos Estados Unidos
Desejando prosseguir nos seus estudos e sendo-lhe impossível retornar à Europa envolta em guerra, Anita optou pelos Estados Unidos para onde viajou no início de 1915. Chegou logo após o Armory Show — uma exposição modernista que foi escandalosa e extremamente influente que mudou a arte nos Estados Unidos. Estudou na Art Students League e na Independent School of Art em Nova Iorque (onde teve como professor o pintor e filósofo Homer Boss) até 1916, quando voltou ao Brasil.
A revolucionária exposição de 1917
Em 1917 mostrou seus trabalhos em uma segunda exposição própria. A exposição foi revolucionária por várias razões. O cenário da arte estava limitado em São Paulo, e uma exposição própria de uma artista tão jovem era algo inédito. Para uma artista, isto foi revolucionário, e o local da exposição era precário. No entanto, as pinturas eram surpreendentemente modernas para uma cidade que nunca havia tido contato com esta arte, e causou uma enorme desaprovação, não só pelas inovações da pintura, mas por serem retratos de imigrantes e outras figuras marginalizadas. Para outros jovens artistas, foi uma experiência transformadora.
Em particular, Malfatti criou uma amizade com Mário de Andrade, que iria durar por décadas e seria profissionalmente crucial para eles.
Com Andrade, Malfatti participou da Semana da Arte Moderna, em 1922. Ela era membro do Grupo dos Cinco, formado também por Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia e a pintora Tarsila do Amaral. Ela se beneficiou da coesão do grupo (durou até 1929 quando seus membros já haviam se estabilizado). Depois de 1922, seu lugar na história da arte brasileira foi, embora controverso, mais claramente entendido. Na década de 1960 era considerada uma das maiores figuras da arte brasileira e uma das mulheres mais influentes na América do Sul.
Postado por HRubiales
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